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Plataformas de streaming da Vrio/Grupo Werthein para o Brasil e para a América hispânica, o Sky+ e a DGO alcançaram no último mês de julho a marca de 2 milhões de assinantes na América Latina.

A parcial foi revelada pelo CEO da Sky, Gustavo Fonseca, durante o primeiro dia do PAY-TV Forum 2024. O evento promovido por TELETIME e Tela Viva teve início em São Paulo nesta segunda-feira, 12.

Segundo Fonseca, a base atual na região é praticamente o dobro do registrado pelos dois serviços de streaming há um ano. No Brasil o crescimento teria ocorrido mesmo sem a Sky estimular a migração de clientes da TV paga tradicional para a plataforma baseada em streaming.

“Uma parte dos clientes vai [naturalmente] para o Sky+ e outra já entra direto na plataforma. Mas também tem a base de clientes que gosta da experiência da TV por assinatura, que dependendo do lugar é a única maneira e a mais segura”, afirmou o CEO da operadora.

Fonseca também recorda que hoje, o cenário de fragmentação do conteúdo em diversas plataformas tem se tornado difícil para o consumidor. Neste sentido, um dos objetivos da empresa tem a busca por acordos com outras plataformas, para enriquecer a oferta OTT e facilitar a experiência.

Uma das conversas em curso é com o Netflix, que já esta integrado no decodificador da oferta tradicional da empresa, mas ainda não na plataforma de streaming. Hoje, a Sky+ já tem o Max e o Paramount+ passíveis de inclusão nas ofertas.

Modelo tradicional

Na ocasião, Fonseca também recordou que o modelo tradicional segue sendo desafiado no País – sobretudo pela pirataria, considerada por ele como o inimigo número 1 da indústria, mas também por outros fatores como as mudanças na dinâmica da TV aberta via satélite (TVRO).

Por outro lado, o alívio regulatório liminarmente concedido pela Anatel à empresa, parando de considerá-la uma operadora com POder de Mercado Significativo, seria uma boa notícia, ao permitir redução de obrigações na TV paga convencional.

“Aspectos como call center de madrugada não faziam muito sentido em entretenimento. Em serviços essenciais pode ser, mas para conteúdo não tem sentido. O mesmo vale para manter serviço depois do cliente não ter pago, em uma herança que vem da regulação de telecom […] e que não tem a ver com pay TV. Estamos nos adaptando e fazendo ajustes para lidar com essa reclassificação”.

Banda larga via redes neutras

Hoje o mercado brasileiro é considerado alternante prioritário para os controladores da Sky, apontou Fonseca no evento realizado nesta segunda-feira. “Estamos muito convencidos de que o futuro do grupo é o Brasil. Queremos crescer aqui e vamos fazer investimentos”.

Um pilar central na estratégia é a oferta de conectividade – o que tem sido feito ao lado de redes neutras e também a partir das primeiras aquisições da empresa no mercado de fibra. “A conectividade vai explodir e o conteúdo vai cada vez mais se digitalizar. Temos perseguido isso como nossa estratégia principal”, indicou Fonseca.

Ele ainda ponderou que embora o Brasil tenha cobertura de fibra mais avançada que os vizinhos, há ainda um grande universo de lares sem conectividade no País. Em muitos dos casos, avalia, a tecnologia satelital pode ser a solução. Vale lembrar que a Sky tem acordo para distribuir no Brasil banda larga via satélite da Amazon, que está construindo sua própria constelação de baixa órbita.

Fonte: Teletime