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No mundo, o FWA (Fixed Wireless Access, em inglês) tem potencial para gerar R$ 1,7 bilhão em receitas em 2027, em seu pior cenário, segundo a empresa de consultoria Bain & Company. A projeção mais otimista poderá render R$ 6,2 bilhões.

A empresa prevê que o 5G deverá ampliar seu uso e, por isso, ter uma fatia de mercado no FWA mais importante por conta de três fatores: substituição da infraestrutura de DSL (conexão à Internet de banda larga por meio de linhas telefônicas); maior penetração em mercados emergentes; e mais investimento na tecnologia móvel de quinta geração.

Países com elevado número de usuários no 5G, como EUA, Japão, Reino Unido e Brasil, devem impulsionar a adoção de FWA até 2027.
Em 2025, o total de conexões de banda larga fixa deverá atingir a marca de 48 milhões, dos quais 6,4% seriam baseadas na tecnologia FWA. Em um cenário otimista, a marca poderá chegar a 13%.

Brasil

Apesar de o Brasil fazer parte da lista de países com grande número de usuários usando a quinta geração de redes móveis, a Bain acredita que o FWA não deverá decolar no momento no País – mesmo com a reserva da frequência de 6 GHz para o Wi-Fi não licenciado. Isso porque as empresas de telecom focam no mercado de banda larga de fibra, cuja estrutura segue em expansão. Para superar a fibra, o FWA precisa enfrentar os baixos custos de mão de obra e os componentes chineses baratos, além de ser capaz de oferecer uma proposta de valor mais atrativa do que sua principal concorrente.

País emergentes e desenvolvidos

Por outro lado, em outros mercados emergentes, o FWA tem potencial, de acordo com a Bain. Segundo estudos da empresa, 40% dos novos lançamentos do FWA de 5G em 2022 foram em mercados emergentes.

E, só nos Estados Unidos, o FWA deverá chegar a 12 milhões de usuários até 2027. No caso de países desenvolvidos, a fibra tem alto custo e faltam incentivos para sua implementação, o que ajuda na penetração do FWA nessas regiões.

Apesar do otimismo, nos países desenvolvidos a fibra continuará com a maior fatia do mercado: 85% até 2027 no mundo.

Fonte: MobileTime