Uma das cidades mais afetadas, Muçum, recebe quatro antenas transportáveis para acesso à internet. MCTI também toma medidas de prevenção no Sul.
O Ministério das Comunicações (MCom) e a Telebras informaram nesta segunda-feira, 11, o reforço da capacidade satelital no município de Muçum, uma das cidades mais atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul. A população local passa a contar com quatro antenas transportáveis para acesso à internet pelo sistema de comunicação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
Cada antena oferece acesso à internet na velocidade de 40 Mbps de download e 4 Mbps de upload. Segundo o MCom, Muçum já contava com duas antenas – uma delas instalada na sede da prefeitura e outra na base da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), onde está localizado o comitê local das operações de resgate.
Agora, uma nova antena passa a atender o Instituto-Geral de Perícias (IGP) da cidade, que atua na liberação de documentos das vítimas da tragédia climática.
Parte do reforço veio também de remanejamento. Uma antena que se encontrava em Arroio do Meio (RS) foi transferida para Muçum a pedido das autoridades locais. Seu novo destino é a Policlínica Militar de Porto Alegre que tem funcionado como Hospital de Campanha do Exército para atendimento à população local.
O estado crítico dos municípios mobilizou a criação de um grupo de crise no MCom, que acompanha a situação das cidades e emite boletins diários para auxiliar nas ações humanitárias. Após o ciclone, o governo já remanejou 14 antenas para fornecer internet na região Sul.
Sistema de prevenção
Ainda nesta segunda, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou que vai ajudar o Estado do Rio Grande do Sul a implantar um sistema de monitoramento e alertas de riscos de desastres naturais similar ao Cemaden. O assunto foi discutido com a secretária estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stulp, que foi convidada para uma visita ao Cemaden, em São José dos Campos (SP). Uma reunião de trabalho foi agendada para 27 de setembro, em Brasília, para discutir ações conjuntas.
“A adaptação às mudanças climáticas exige ações coordenadas, e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação tem compromisso em prover informações científicas para contribuir com as discussões da agenda climática e para subsidiar as políticas públicas. Temos ainda o desafio de aumentar a conscientização e a percepção da sociedade a respeito da mudança do clima e os impactos que essas alterações já estão provocando em nosso cotidiano”, explicou a ministra Luciana Santos em nota da pasta.
Fonte: Telesíntese