O futebol brasileiro foi tomado pelos apps de apostas esportivas. Eles patrocinam a maioria dos times da primeira divisão, a transmissão dos jogos e os programas de análise esportiva. Até o nome do campeonato deste ano leva a marca de um deles. Mas o brasileiro não enxerga com bons olhos os impactos das “bets” na sociedade como um todo nem mesmo no futebol, como demonstra pesquisa inédita realizada por Mobile Time e Opinion Box.
Na pesquisa, foram apresentadas seis afirmações sobre os impactos das bets: três positivas e três negativas. Os entrevistados tiveram que informar se concordam ou discordam de cada uma, ou se são neutros (nem concordam, nem discordam). Em todas as afirmações positivas, o percentual de brasileiros que discorda foi maior que o grupo que concorda. E em todas as afirmações negativas aconteceu o contrário: o percentual que concorda foi maior que o que discorda.
Por exemplo, a maioria dos brasileiros, ou 56%, concorda com a afirmação de que “os apps de apostas esportivas são prejudiciais à sociedade porque viciam e fazem as pessoas perderem dinheiro”. Apenas 13% discordam e outros 31% são neutros. Há diferença por gênero: 60% das mulheres concordam, ante 53% dos homens.
Ao mesmo tempo, quando confrontados com a afirmação de que “os apps de apostas esportivas melhoraram o futebol brasileiro com o patrocínio dos clubes”, 34% discordam, enquanto 23% concordam e a maior parte (41%) se mantém neutra.
As outras afirmações eram:
. Apps de apostas esportivas são prejudiciais ao futebol porque estimulam a manipulação de resultados
. Apps de apostas esportivas são benéficos para o futebol porque atraem novos espectadores
. Apps de apostas esportivas fazem bem à economia brasileira, especialmente após a aprovação da sua regulação e taxação
. Apps de apostas esportivas transformaram para pior a maneira como as pessoas assistem futebol: em vez de torcerem pelo seu time, torcem por eventos específicos dentro de uma partida, como cartões amarelos, escanteios etc.
A pesquisa foi realizada entre 17 e 24 de maio de 2024 com 2.067 brasileiros que possuem smartphone. A pesquisa tem validade estatística, respeitando as proporções por gênero, faixa etária, distribuição geográfica e renda familiar mensal, de acordo com dados do IBGE. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.
Fonte: MobileTime